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Fadiga mental: quando é hora de procurar ajuda?

23 de março, 2018

À primeira vista, a profissão de caminhoneiro pode parecer um ofício estimulante ligado à liberdade, uma vez que faz parte da rotina viajar pela estrada, conhecendo lugares e pessoas diferentes. A realidade, porém, não é bem assim. Normalmente o profissional precisa lidar com fatores de estresse como o baixo nível de conforto, as longas jornadas de trabalho, a distância da família, as pressões quanto aos prazos de entrega, a má conservação das estradas, o risco de acidentes e a violência – este sendo principal agente estressor dos profissionais de estrada. Aliados ao cansaço, falta de exercício físico e má alimentação, esses fatores podem levar a um desgaste não apenas físico, mas também mental, fazendo com que muitos dos estradeiros se afastem de seus cargos devido a transtornos como a Síndrome de Burnout, onde o trabalhador se sente incapaz de continuar exercendo sua função, podendo chegar até mesmo à depressão.

A fadiga mental

A fadiga mental, também conhecida como estafa mental, é um sintoma do estresse que ocorre devido ao excesso de tensão acumulada. Na maioria das vezes ela pode ser tratada com uma mudança de hábitos aliada à forma como se lida com os problemas e as frustrações do dia a dia. O problema acontece quando não se dá a devida atenção a essa condição, uma vez que o cansaço mental pode levar a danos psicológicos e também à dor física.

Dentre os principais sintomas da fadiga mental, podemos destacar:

  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo;
  • Palpitações;
  • Náusea;
  • Tremores;
  • Resfriados constantes;
  • Alterações intestinais;
  • Falha de memória;
  • Insônia;
  • Irritabilidade;
  • Desânimo e angústia;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Transtornos alimentares.

Causas e fatores de risco

Como dito anteriormente, o estilo de vida, as condições de saúde e os problemas psicológicos estão entre as principais causas da fadiga. Entre os caminhoneiros, a rotina pesada do trabalho e o ambiente muitas vezes estressante das estradas faz com que estes profissionais desenvolvam hábitos que prejudicam a saúde mental. Dentre os principais fatores de risco, estão:

  • Pressão de prazos e horários;
  • Responsabilidade pela carga;
  • Preocupação com acidentes e assaltos;
  • Refeições em horários irregulares;
  • Movimentos repetitivos;
  • Abuso de álcool e cafeína
  • Uso de rebite;
  • Solidão;
  • Preocupação econômica;
  • Sedentarismo;
  • Falta de sono;
  • Adversidade climática;
  • Ambiente ruidoso.

Tratamento

Em primeiro lugar, é necessário relaxar. Fazer programas como uma caminhada pelo parque ou investir alguns minutos em meditação ajudam na manutenção do bem-estar e a prevenir transtornos mais graves. Outras dicas recomendadas por especialistas incluem:

  • Evitar realizar muitas tarefas ao mesmo tempo;
  • Investir na organização das prioridades;
  • Procurar resolver um problema de cada vez;
  • Não levar preocupações para casa;
  • Manter o bom humor;
  • Cuidar da alimentação;
  • Diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Não usar estimulantes e rebite;
  • Dormir o suficiente;
  • Realizar atividade física que promova relaxamento;
  • Dividir os problemas com amigos ou profissionais qualificados.

Quando é hora de procurar um médico?

De acordo com neurologistas, se após duas semanas a pessoa ainda sentir que o esgotamento mental está prejudicando sua qualidade de vida, ela deve procurar um médico, que poderá avaliar o caso e prescrever tratamentos com medicamentos e acompanhamento psicológico, caso haja necessidade. Porém, os médicos ressaltam que é o sono, a alimentação e os exercícios que irão fortalecer e recuperar completamente o cérebro, proporcionando bem-estar e devolvendo a qualidade de vida.

Fontes consultadas: Minha VidaDaherEstresse no caminhoneiro

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