O porto de Paranaguá é o com o maior grau de informatização do Brasil e por isso receberá o projeto piloto do Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias – Brasil – ID.
A plataforma integrará informações fiscais, de logísticas dos caminhões e de produtos através de microchips e antenas. No porto de Paranaguá, o objetivo da medida é melhorar o fluxo de caminhões dentro da cidade, com um controle fiscal eficaz no transporte e descarregamento das mercadorias.
O Sistema Brasil – ID, iniciativa do Ministério da Ciência e da Tecnologia, é baseado no uso da tecnologia de Identificação por Radiofreqüência (RFID). Deste modo, pode-se obter maior controle fiscal, desburocratização e a melhoria do fluxo das rodovias, o que acelera o processo de produção no país todo.
O diretor-presidente da Administração dos Portos, de Paranaguá e Antonina, declarou: “Este padrão único para identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias em produção e circulação é fundamental para o desenvolvimento e a segurança de todos os órgãos envolvidos no processo de logística brasileiro”.
As informações sobre o Brasil – ID foram transmitidas em um workshop realizado na sede da Administração dos Postos de Paranaguá e Antonina (Appa). O evento foi organizado pelo Ministério Público do Paraná em parceria com o Programa Cidades do Pacto Global das Nações Unidas e esclareceu o funcionamento do Sistema e suas interações entre os órgãos públicos e o setor privado.
O novo sistema, interligado com o mesmo padrão de comunicação – através de chips, antenas, pedágios e balanças – reduz os custos de implantação e traz benefícios para todos os setores envolvidos. Caio Fernando Fontana, professor da Universidade federal de São Paulo (Unifesp), ressalta que “isso permite uma integração das operações, já que com o mesmo chip é possível pagar o pedágio na BR-277, utilizar a balança do porto de Paranaguá e passar pela fiscalização do ICMS no Mato Grosso, por exemplo”.
Entenda o Brasil ID
O controle é feito com um microchip, que é instalado nos caminhões das transportadoras e nos produtos. Também são instaladas antenas de transmissão no porto, estradas e no interior, que permitem monitorar todo o trajeto. A partir disso é possível automatizar a transmissão de dados fiscais, associando-os à Nota Fiscal Eletrônica, além de poder facilitar a logística dos veículos no acesso às áreas alfandegadas e, até rastrear as cargas e automóveis em caso de roubo.
Com a utilização do chip, o caminhão sai da área do porto já com todas as informações da carga, remetente, destino final e tributação. Desta forma, o caminhão não perde tempo nos postos fiscais, além de garantir que as informações prestadas sejam corretas.
Fonte: Blog do Caminhoneiro