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Como os diferentes níveis de álcool no sangue afetam o motorista

14 de março, 2018

O álcool é uma substância que age no sistema nervoso central interferindo no comportamento, humor, consciência e percepção do indivíduo. Em doses iniciais, ele funciona como um estimulante, gerando a sensação de excitação e desinibição. Mesmo em pequenas quantidades já é possível notar uma diferença perceptível na capacidade de julgamento. Com o aumento do consumo, a coordenação motora e os reflexos são afetados. Por isso, combinar álcool e direção é uma prática arriscada e que pode levar a consequências fatais.

A ingestão de álcool atinge as funções cerebrais pouco a pouco, afetando primeiro o humor e depois as capacidades de concentração, de resposta e de raciocínio. No entanto, a intensidade dos efeitos variam de indivíduo para indivíduo: alguém acostumado a consumir bebidas alcoólicas regularmente sentirá o impacto de forma menos intensa do que uma pessoa que não está acostumada a beber. A estrutura física também conta: um sujeito de grande porte terá maior resistência ao álcool, em geral. Outros fatores estão associados ao metabolismo, à vulnerabilidade genética, ao estilo de vida e ao tempo em que o álcool é consumido.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15% das mortes em acidentes de trânsito em todo o mundo estão relacionadas ao consumo de álcool. No Brasil, a estimativa é a de que 18% dos acidentes de trânsito entre homens tenham sido causados pela ingestão de bebidas alcoólicas. No artigo anterior, mostramos como quase metade dos caminhoneiros avaliados pela CNT admite consumir bebidas alcoólicas e que 17,5% dos condutores entrevistados pelo CISA fazem o uso pesado da substância. Estes dados mostram a urgência de se conscientizar esses profissionais a respeito dos riscos a que estão expondo a si mesmos e a outras pessoas.

Porque o consumo pesado de álcool deve ser evitado

  • Dependência. Com o consumo regular, o organismo se acostuma e passa a precisar de doses maiores de álcool, o que pode levar ao vício.
  • Perda da consciência pessoal. Quem exagera no consumo muitas vezes perde a memória dos acontecimentos nos quais se envolveu.
  • Acidentes fatais. O motorista embriagado corre maior risco de se envolver em acidentes fatais ou acabar matando outras pessoas devido à falta de reflexo e à confusão mental.

Confira os efeitos do álcool no organismo do motorista

  • 0,05% mg/l: Perda das funções visuais e diminuição da capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo.
  • 0,08% mg/l: A concentração diminui e há perda da memória recente e do controle da velocidade. A capacidade de percepção e do processamento de informações, tais como ver placas ou sinalizações, é reduzida.
  • 0,10 mg/l: Os músculos relaxam e a temperatura corporal é ligeiramente elevada. Há diminuição da capacidade de controlar os músculos dos olhos.
  • 0,15% mg/l: Incapacidade substancial para controlar o veículo, prestar atenção às funções de direção e processar informação visual e auditiva.
  • 0,25 mg/l: O indivíduo começa a apresentar alterações de humor e emoções. Há perda do controle muscular e da coordenação motora. A capacidade de responder a situações de emergência diminuí.
  • 0,40 mg/l: O motorista apresenta diminuição na capacidade de concentração, perda da memória a curto prazo e capacidade reduzida de percepção de risco no trânsito.
  • 0,50 mg/l: Raciocínio lento, grande atraso no tempo de reação e perda da coordenação motora, comprometendo a capacidade do motorista de processar informações e realizar ações simples, como frear a tempo.
  • 0,75 mg/l: Desorientação geral, desequilíbrio e perda da coordenação motora. A capacidade de permanecer na pista é reduzida, facilitando a perda do controle do veículo.

 

Fonte: CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool)

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